As vendas de caminhões devem crescer 34% em 2019. O segmento foi fortemente atingido pela crise econômica brasileira, mas está reagindo bem mesmo diante de um Produto Interno Bruto (PIB) previsto em cerca de 1%.
As vendas de caminhões devem crescer 34% em 2019. O segmento foi fortemente atingido pela crise econômica brasileira, mas está reagindo bem mesmo diante de um Produto Interno Bruto (PIB) previsto em cerca de 1%.
O vice-presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Marco Saltini, explica que o bom desempenho é, sobretudo, puxado pelo agronegócio, mas que os outros setores também começaram a reagir à uma expectativa mais positiva da economia em 2020.
“O que a gente percebeu foi que há um movimento muito grande no setor de caminhões e veículos comerciais, de modo geral, a Fenatram foi um sucesso – nós tivemos um público recorde, mesmo trabalhando só com convite e sem ingressos. Então de fato eram clientes que estavam vindo procurar negócios, tinha muita tecnologia exposta, não conceitualmente mas já a disposição do mercado, e isso mostra que essa mudança de patamar que a gente teve nas vendas, chegando a quase o dobro do ano passado – um crescimento que, no acumulado do ano está em quase 38% -, mostra de fato que o mercado está se movimentando.”
Para ele, a melhora é fruto das mudanças na economia, auxiliadas principalmente pelas reformas que estão sendo apresentadas pelo governo. “Uma retomada ainda que muito lenta dessa economia, mas o mais importante é a expectativa que o próximo ano ainda possa ser melhor, continuar crescendo, mesmo que não, ainda, como o Brasil precisaria, mas em níveis sustentáveis e que permitam avanços”, explicou.
O mercado deve fechar o ano com 102 mil caminhões vendidos. O último registro acima de 100 mil pesados ocorreu em 2014, com 137 mil emplacamentos. A previsão inicial dos revendedores era de 88 mil unidades licenciadas, e alta de 15%.